sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tem que escrever a dissertação...(3)


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Escrevendo a Tese ou a Dissertação
17. Comece escrevendo as partes que você conhece melhor. 
18. Reescreva sua proposta em capítulos da dissertação. 
19. Use nomes e lugares reais desde os primeiros esboços da dissertação. 
20. Imprima cada esboço em folha de papel de diferente cor. 
21. Desenhe à mão gráficos e tabelas nos primeiros rascunhos. 

22. Escreva de forma clara e que não deixe dúvidas.
23. Reveja outras dissertações antes de começar a escrever. 

24. Introduza tabelas no texto, apresente a tabela e logo a descreva. 
25. Use palavras similares ou paralelas sempre que possível.
26. Deixe que seu Índice o ajude a melhorar seu manuscrito. 
27. Escreva conclusões e implicações reais - não ratifique as suas descobertas.
28. Faça sugestões coerentes para futuras pesquisas. 
29. O primeiro capítulo deve ser o último a ser escrito. 

Ver texto completo aqui.



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tese de Doutoramento de Alberto Oliveira Pinto


Prefácio - Dr.ª Isabel Castro Henriques Ver uma lição aqui.

Ilustração - Carnaval de Luanda de Albano Neves e Sousa ver biografia aqui. Ver (algumas) obras aqui.(Pena não terem os títulos)



Alberto Oliveira Pinto neste blog:
  • "Angola e as Retóricas Coloniais - Roupagens e Desvendamentos" aqui.
  • "Há donos da Língua" aqui.
  • Representações coloniais: História e literatura Angola, os Angolanos e Suas Culturas (1924-1939)
    aqui.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

CINEMA EM PORTUGUÊS - Zezé Gamboa

Imagem daqui.
 
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  •  O FESTin regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, entre 3 e 10 de abril de 2013, para a sua quarta edição. Entre as novidades na programação, destaca-se uma homenagem ao prestigiado Festival de Gramado (Brasil) que, entre diversos filmes premiados, traz a Lisboa a estreia do filme Colegas, protagonizado por três atores com Síndrome de Down, que está a ser um fenómeno de sucesso no Brasil; o cinema de Angola será também homenageado através de uma parceria com o IACAM – Instituto Angolano de Cinema Audiovisual e Multimédia. Haverá ainda uma maratona de documentários, uma mostra dedicada ao público infanto-juvenil e o I Encontro Internacional de Jornalistas de Cinema, que reunirá pela primeira vez profissionais ligados ao jornalismo, crítica e divulgação cinematográfica num debate sobre o setor. 
Ver texto completo aqui. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"CPLP- uma comunidade que deve ser trabalhada"

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A lusofonia é "uma utopia útil", mas não pode "sufocar as culturas dos povos" dos países que a partilham, defende o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano.

Numa das conferências que assinala os 40 anos do semanário “Expresso”, esta segunda-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Chissano questionou o termo e o conceito de lusofonia, falando na "inculturação" do espaço lusófono "por um dos povos".
 
O antigo líder moçambicano disse que "em Portugal não se encontram as culturas" dos outros designados países lusófonos, são "visitantes" apenas. Ou seja, o conceito de lusofonia pode significar uma "exclusão da diversidade", realçou.  


Joaquim Chissano defende que a Língua Portuguesa é o destino comum dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma comunidade que deve ser trabalhada.
“Costumamos dizer que o que nos une é a Língua. Eu digo que não, é o que nós queremos fazer com a Língua. Criámos a CPLP porque nos movemos por iguais ideias: falo de ideais de liberdade, igualdade entre as nações, dignidade, paz, respeito pelos direitos humanos e aspiração pelo desenvolvimento das pessoas de todos os nossos países.”

Ver texto completo aqui.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Ter de ... ter que...

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Pode ver os textos "Melhor que possuir" de Kevin Kelly aqui. 
e um comentário in PdBranding aqui


O texto seguinte foi retirado do site: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Ver o site aqui.

 

Dúvidas sobre o «ter de» e o «ter que»


[Pergunta] Eu tenho mesmo de deixar aqui um breve comentário sobre esta coisa! Na realidade nem os mais doutos que se propõem ensinar o bom português têm o cuidado de conjugar devidamente o ter de. Para ser franco começo mesmo a duvidar sobre a forma correcta.
Por favor ajudem-me!

Cláudio Sousa :: :: Portugal

[Resposta] Utilizar a construção «ter que» em vez de «ter de» é, efectivamente, uma incorrecção muito vulgar. E de tanto se ouvir e ver escrita, pode acontecer até que alguém que domine a língua cometa essa incorrecção. Não foi o caso do consulente, que utilizou adequadamente a construção «ter de», já que quis dizer «vejo-me na obrigação de», «assumo o dever de».
No Ciberdúvidas há já várias respostas sobre este assunto [Os erros de Marcelo, Ainda os erros de Marcelo, Ter que e ter de, Ter que e ter de]. No entanto, como o consulente pretende um texto que afaste completamente as suas dúvidas, vou proceder a uma sistematização.
1. Ter de
Ter de é uma expressão utilizada quando se pretende dizer que se tem o desejo, a necessidade, a obrigação ou o dever em relação a uma qualquer acção: «tenho de me ir embora» (= sou obrigado a ir-me embora, devo ir-me embora, tenho necessidade de me ir embora), «ele tem de arrumar o quarto» (= ele deve arrumar, tem o dever de arrumar o quarto), «temos de nos ouvir uns aos outros» (= temos o dever ou a obrigação de nos ouvir).
Nesta situação, o verbo «ter» é um verbo auxiliar da conjugação perifrástica: auxiliar ter + preposição de + verbo no infinitivo. Assim, «ter de», por si só, significa «ter necessidade de», «precisar de», «ser obrigado a», «dever», designando, pois, a necessidade de praticar a acção expressa pelo verbo que se segue, que é o verbo principal.
2. Ter que
Nesta situação, o verbo «ter» não é um auxiliar; é um verbo com a plena significação de «possuir», «ser detentor de», «estar na posse de», «desfrutar», «usufruir», «poder dispor de».
Por exemplo, se alguém quiser dizer que «tem muito trabalho», poderá utilizar a expressão «que fazer» para substituir a palavra «trabalho»: «Tenho muito que fazer.» Do mesmo modo, se quiser dizer que tem uma série de histórias ou aventuras para nos contar, pode utilizar a expressão «que contar» para referir esse conjunto de relatos: «Ele viveu muito, tem muito que contar.» Se quiser, ainda, dizer que tem em casa muita matéria para estudar, assuntos sobre os quais se debruçar, poderá utilizar a expressão «que estudar»: «Tenho tanto que estudar!» E também podem surgir frases sem esse antecedente, subentendendo-se «coisas», «alguma coisa», «algo» (na negativa, «nada») a que o relativo se refira: «ele não tem que fazer» (= não tem coisas que fazer, não tem nada que fazer), «ele não tem que comer» (= não tem nada que comer), «ele não vai ter que dizer» (= não vai ter nada que dizer).
Por outro lado, esses sintagmas «que fazer», «que contar», «que estudar», «que comer», «que dizer» assumem, pois, força substantiva, como se pudessem ser substituídos por «trabalho» ou «afazeres», «relatos», «estudo», «comida», «palavras», etc.: «ele tem que fazer» = ele tem trabalho, tem afazeres; «ele tem que comer» = ele tem comida; «ele não tem que dizer» = ele não tem palavras. E entre o verbo «ter» e o pronome relativo «que» poderá ser colocado um indefinido (tanto, muito, pouco).
3. Ter de distingue-se, pois, de ter que, porque no primeiro caso está presente a ideia da obrigação, da necessidade, do dever, enquanto no segundo está presente a de dar uma informação sobre o que o emissor possui ou tem em mãos.

Vou construir duas frases semelhantes, em que apenas substituo a preposição «de» pelo pronome relativo «que», de modo a mostrar como o sentido é diferente.

a) «Ele não vai sair, porque tem de estudar.» – Com esta construção pretende dizer-se que ele precisa de estudar, deve estudar, tem a obrigação ou a necessidade de estudar, está obrigado a estudar; e a necessidade de estudar impede-o de sair.

b) «Ele não vai sair, porque tem que estudar.» – Com esta construção pretende dizer-se que ele tem matéria para estudar. Não é do dever de estudar que se pretende falar, mas da quantidade de estudo que há para fazer. Não é o dever de estudar que o impede de sair, mas a quantidade desse estudo: não é o que «deve», aquilo de que «precisa», mas o que «tem», o que «possui».

M.R.M.R. :: 09/05/2005

domingo, 11 de novembro de 2012

Há donos da língua! *


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Ver ainda aqui.

(*) Crónica de Alberto Oliveira Pinto publicada no  Mensário Angolano de Cultura "O CHÁ
Número 2 - 2ª série | Ano 1 - Setembro 2012 | Director: Jacques Arlindo dos Santos

Em 1934, na Exposição Colonial do Porto, foi exibido um mapa, cuja autoria era atribuída a Henrique Galvão, onde se mostrava a Europa polvilhada pelas então colónias portuguesas: a Galiza, parte da Estremadura Espanhola e a Andaluzia encontravam‑se cobertas pela Guiné, por Timor e pelos arquipélagos  dos Açores, Madeira, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe; Moçambique preenchia os territórios da  Estanha, da França, da  Suíça, da Áustria e da Itália; Angola, por sua vez, ocupava os espaços geográficos da Alemanha, da Polónia, da Checoslováquia, da Hungria, da Jugoslávia e da Roménia. No cabeçalho
deste mapa, proclamava‑se em caixa alta: “PORTUGAL NÃO É UM PAÍS PEQUENO”.

Em 1972, quando fiz a minha 4ª classe, a dois anos do golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 e a três da  independência de Angola, o discurso colonial português já havia sido objecto de múltiplas maquilhagens. Se, com a revisão constitucional luso‑tropicalista de 1951, as “colónias” haviam retomado a designação  oitocentista de “províncias ultramarinas”, com a revisão constitucional falaciosa de 1971 ‑ que procurava,  tardia e artificiosamente, imitar uma certa França de De Gaulle de entre 1958 e 1960, fingindo lançar os  alicerces de uma inviável e inconcebível confederação das colónias portuguesas ‑ as duas maiores  possessões coloniais portuguesas do continente africano, Angola e Moçambique, passaram a ser oficialmente designadas por Estados. Contudo, embora nem a minha professora primária nem nenhum de nós, seus alunos, tivéssemos tido acesso ao mapa de 1934 que proclamava que “PORTUGAL NÃO É
UM PAÍS PEQUENO”, a mensagem que os professores se viam obrigados a transmitir e os alunos a assimilar ainda era, em 1972, exactamente essa dos anos de 1930, sem mudar nem uma vírgula.

E não foram poucas as pessoas que, em Portugal, a três anos da Independência efectiva de Angola, se indignaram com a ideia de se dizer Estado de Angola e Estado de Moçambique porque, alegavam, isso já “cheirava” a Independência.  Acrescentavam, aliás, bradando aos céus, que, ao contrário do que, numa hipocrisia paternalista que ainda hoje se mantém, apregoavam em relação ao Brasil, se “correria o risco” de em Angola e Moçambique, uma vez independentes, se virem a falar outras línguas que não o português. Mal suspeitava a criança de dez anos que eu era que se encontrava perante o sémen daquilo a que Alfredo Margarido viria inteligentemente a chamar o “estrume teórico” da “lusofonia”, no qual nos encontramos atolados até hoje e de que o vergonhoso Acordo Ortográfico tem sido o exemplo mais flagrante. Três anos depois, ao longo de todo o ano de 1975, a mesma criança, agora com treze anos de idade, viria a assistir pela televisão aos discursos dos líderes independentistas, ao tornarem‑se chefes de Estado, todos sublinhando – excepto Agostinho Neto, que nem teve tempo para isso – que a língua oficial dos “novos países”, a cujos destinos presidiam, seria o português.

E todos os políticos portugueses, de todos os quadrantes ideológicos, assim como uma elevada percentagem dos cidadãos da antiga metrópole, regozijaram‑se por esse facto. Todos? Não. Houve excepções. 

Recordo‑me de Francisco Salgado Zenha, um brilhante e saudoso ministro dos governos provisórios, ter afirmado peremptoriamente,mais do que uma vez: “os povos dos países independentes falam a língua que bem entenderem e ninguém os obriga a falar a nossa” (Sic.). Mas Salgado Zenha, infelizmente, pregava
no deserto. A mentalidade da maioria dos seus compatriotas – e subsiste actualmente, passados quase quarenta anos – era a de que Portugal, sendo agora um país pequeno, poderia conservar a sua “grandeza”  através da língua. Como muito bem o escreveu Alfredo Margarido, os portugueses descobriram uma  "prótese” que compensaria o sentimento de amputação do Império. E essa “prótese” viria pouco tempo depois a ser baptizada, pelo malogrado professor Carmo Vaz, com um nome pomposo: “lusofonia”.
Os povos continuaram a desconhecer‑se, enquanto em Portugal os diversos poderes políticos, que se foram sucedendo ao longo da ainda hoje vigente 3ª República, não cessaram de ulular patranhas estafadas tais  como “existe uma história comum entre nós e os PALOP” ou “os portugueses conhecem a África melhor do que ninguém”. Instituições culturais portuguesas organizavam viagens turísticas às antigas colónias
– excepto a Angola, a pretexto de que se “encontrava em guerra” – com a finalidade única de (re) visitar…
“vestígios portugueses”! Esta burguesia néscia e desprovida de imaginação vangloriava‑se de ter  reencontrado intactas igrejas e fortificações “portuguesas” no Brasil, em Moçambique, em Goa ou em Macau, assim como se envaidecia, de modo pusilânime, pelo facto de estes povos não europeus falarem… português!
 
Contudo uma minoria, na qual eu próprio, entretanto adulto, me incluía, indagava‑se: que tem isso de especial? É óbvio que há “vestígios portugueses” nas antigas colónias, pois Portugal foi colonizador e a  memória do facto colonial, ainda que tenazmente silenciada pelos poderes políticos e pelos interesses económicos, não cessa com as chamadas “descolonizações”. 

Mas o que é feito dos “vestígios” não portugueses? Esses é que interessam verdadeiramente! Por exemplo, que outras línguas são faladas, sem ser o português, nos países ditos de “língua portuguesa”? Em meados da década de 1990, às vésperas da institucionalização da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o meu amigo Ismael Mateus escrevia, e muito bem, que o fundamental na chamada “lusofonia” era conhecermo‑nos e respeitamo‑nos uns aos outros naquilo que temos de diferente e não naquilo que temos  em comum. É com o mesmo espírito com que Ismael Mateus escreveu essa crónica há cerca de quinze anos que agora redijo estas linhas. Há que intensificar e alimentar o diferente e não o comum, e urge cortar cerce as tentações saudosistas e os embustes identitários.

Retomemos o exemplo da língua, do qual a ortografia tem sido, nos últimos tempos, a componente aparentemente mais manipulável pelas mentes perversas. O essencial é, desde já, empenharmo‑nos no sentido de que venham a existir, pelo menos, oito idiomas diferentes que partem do português, e não oito centros de imposição neo‑colonial da língua portuguesa. Aliás – pondo, à partida, de lado o caso de Timor‑Lorosai, cuja língua nacional, o tétum, é um idioma austronésio, que não radica no português ‑, podemos adiantar que quatro dos oito países ditos de “língua portuguesa” já têm há muito tempo línguas  lutónomas.

Referimo‑nos, quer à língua brasileira, quer aos chamados “crioulos” de Cabo Verde, Guiné, e São Tomé e Príncipe. São línguas que derivam do português, é verdade, mas são outras línguas. Têm variantes ou  dialectos, evidentemente, e é desejável que assim seja. Ferdinand de Saussure conseguiu demonstrar que basta que uma língua seja falada a uma simples distância de cinco quilómetros para que surjam variantes. Entre a Galiza e o Algarve, o português de Portugal tem inúmeras variantes dialectais consoante as regiões. E o autor destas linhas, filho de pai duriense e de mãe alentejana, é um produto e uma testemunha privilegiada desse fenómeno. Restam‑nos Angola, Moçambique e Portugal. 

Abstenho‑me, neste momento, de abordar as questões relativas às chamadas “línguas nacionais”, na maioria bantu, de Angola e de  Moçambique, que já tive oportunidade – e continuarei a tê‑la, espero – de desenvolver noutros lugares. Consideramos apenas o(s) “portuguê(eses) falado(s)”, quer em Angola, quer em Moçambique, quer em  Portugal. Que dizer deles? Desde logo, bradar alto e bom som o enunciado de Alfredo Margarido: a língua é de quem a fala! No entanto, entendo que há algo mais a acrescentar, uma vez que, nos últimos anos, o  inteligente postulado do meu saudoso professor prestou‑se a deturpações perversas que viabilizaram um lugar‑comum enganoso, falacioso e embusteiro: “não há donos da língua”. Em meu entender, é este o preconceito (neo‑colonial) que urge quebrar. É que há donos da língua! 

Os angolanos são donos do português falado e escrito em Angola, assim como os moçambicanos o são do falado e escrito em Moçambique e os portugueses do falado e escrito em Portugal. Portanto, qualquer iniciativa, ortográfica ou outra, que vise “unificar” as línguas que se falam nesses países é, inevitavelmente, um acto neo‑colonial – de ressurreição do Império, de aplicação da “prótese” de que falava Alfredo Margarido, a “prótese” dos (pre) conceitos segundo os quais “Portugal não é um país pequeno” ou de que “Portugal vai do Minho a Timor” ‑, mesmo que a hegemonia desse “imperialismo cultural” não caiba agora ao antigo colonizador, Portugal, e sim a qualquer antiga colónia politica e economicamente emergente, como parece ser, de momento, o caso do  Brasil.

Lamentavelmente, a CPLP, que deveria ser a salvaguarda das diferenças, tem sido o principal agente desta operação de neo‑colonialismo cultural. Para isso muito contribui o facto de se tratar de uma organização de governos de circunstância, que servem interesses privados – “sem cor nem rosto”, como noutros tempos cantava Santocas ‑, e não de Estados, pelo que os povos acabam por não se rever nela. E os povos é que  são os verdadeiros soberanos da sua própria memória e do seu património.

Cabe, pois, às sociedades civis dos nossos países, a sua preservação e, consequentemente, o exercício da  soberania sobre os desígnios da CPLP, sem o que instituições deste género não têm a menor razão de existir.