sexta-feira, 20 de maio de 2011

Comunicação Didáctica e Teorias da Comunicação



Texto interessante de José Manuel Cardoso Belo, 2005, na Biblioteca on-line de Ciências da Comunicação

"A competência comunicativa
A competência de comunicação tem sido uma questão central na investigação sobre comunicação interpessoal e intercultural e tem merecido alguma atenção no campo educacional.

Apesar de contexto e pressupostos socioculturais terem começado a surgir em alguns modelos explicativos, as ideias sobre o que é governado por regras relativamente à fala e sobre como o significado é veiculado continuam a basear-se maioritariamente em conceitos originários da análise gramatical baseada na frase. Falamos de língua e cultura, língua e contexto como se se tratasse de entidades separadas, exteriores à mensagem e que podem ser comparadas a objectos concretos, limitados.

Os estudos sobre competência comunicativa têm de lidar com signos linguísticos a um nível de generalidade que transcende os limites do sistema gramatical e concentrar-se em aspectos relativos ao significado ou à interpretação mais gerais do que o do conteúdo da frase. Além disso, é evidente que aquilo que temos de processar nas trocas conversacionais é diferente daquilo que se aplica na descodificação de frases isoladas.

Deve assinalar-se que as estratégias verbais para negociar interpretações conversacionais são, na sua maioria, indirectas. A informação não é expressada abertamente no conteúdo superficial, tem de ser inferida com base nos pressupostos tácitos adquiridos através de experiências de interacção anteriores. Os mecanismos de sinalização indirecta diferem dos signos lexicalizados na medida em que, tal como os sinais não verbais,são inerentemente ambíguos.

Incompreensões atribuíveis a diferenças sistemáticas indetectáveis na sinalização de convenções ocorrem com frequência considerável. Tais convenções são criadas através da experiência interactiva prolongada em família, entre amigos e redes de relações e, uma vez estabelecidas através da prática, servem como recursos comunicativos que canalizam as inferências ao longo de linhas particulares e o conhecimento do seu funcionamento torna-se uma pré-condição da participação activa em encontros verbais.

Este conhecimento é de um tipo que dificilmente se pode adquirir através de leituras ou de ensino formal na aula, pois é necessário o contacto pessoal em situações que possibilitem o máximo de retroalimentação. Um número significativo de quebras ou rupturas na comunicação pode, assim, dever-se a inferências baseadas em diferenças não detectadas nas estratégias de contextualização. Como funcionarão, então, as estratégias de contextualização? O problema é complexo, requerendo uma análise mais detalhada do que aquela que aqui se pode apresentar, porém a explicação mais provável
residirá nas convenções discursivas para sinalização da coreferencialidade."

Ver o texto completo aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uniformização da escrita da língua Cokwe reúne peritos na matéria


Imagem de Muene Ndumba Watembo, Rei Lunda-Cokwe nos anos 1874 daqui.


Cultura

Uniformização da escrita da língua Cokwe reúne peritos na matéria

Luena - Trinta peritos em língua nacional Cokwe (professores, entidades eclesiástica e tradicionais) reuniram-se quarta-feira, no Luena, para identificarem as variantes bem como a uniformização da escrita do Cokwe.

Ao intervir no acto, o director provincial da Cultura, Noél João Manuel, disse que o encontro serve para preparar os falantes desta língua para o encontro sobre a matéria, que se realizará na segunda quinzena de Junho, na província da Lunda Sul.

Discutir e encontrar um alfabeto comum sobre a língua Cokwe são entre outros assuntos agendados.

Noél João Manuel frisou que existe uma contradição na escrita da palavra "Cokwe", isto entre a população falante da língua, por isso, "tem que se chegar a uma acordo sobre os termos usados neste idioma", disse. O estabelecimento de um vocabulário para o idioma para a sua implementação no ensino primário é outro objectivo da reunião.

A língua Cokwe é um grupo etnolinguístico bantu e é predominante na região leste do país, falada nas províncias do Moxico, Lunda Norte e Sul.


Artigo retirado do site "Cidade de Luanda". Ver aqui.

Ver ainda Mulheres alfabetizadas satisfeitas com iniciativa do MED entre outros.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Webinar - conferências em linha (online)



Apresentação

A Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) tem em curso a iniciativa denominada Webinar. Caracteriza-se pela realização de conferências em linha (online) dirigidas à comunidade escolar, cobrindo diversas temáticas relacionadas com a sua missão.

As sessões “Webinar” têm uma periodicidade semanal, todas as quartas-feiras às 16:30 horas, com uma duração de 40 minutos e com a possibilidade dos espectadores interagirem com o orador através de perguntas via e-mail (webinar@dgidc.min-edu.pt) durante o seu decurso, sendo no final da comunicação respondidas por este.

A iniciativa conta com a presença de especialistas em áreas temáticas de manifesto interesse para as escolas, assim como de professores que darão o seu testemunho relativamente a experiências inovadoras que têm vindo a pôr em marcha nas respectivas comunidades educativas. Espera-se que estes materiais se constituam em instrumentos facilitadores e potenciadores da acção dos docentes dos diferentes níveis de educação e ensino.

(...)Ver aqui.

Próxima transmissão

QUAREPE
- Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro | Maria José Grosso | 2011.05.11 - 14:30 | Ver aqui às 14:30
ou aqui depois desse horário.

O Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro (QuaREPE) é constituído por duas partes: QuaREPE - Documento Orientador e QuaREPE - Tarefas, Actividades, Exercícios e Recursos para a Avaliação.

O QuaREPE, tal como o Quadro europeu comum de referência, é um documento que apresenta uma base comum para a elaboração de programas, definição de linhas de orientação curriculares, construção de materiais pedagógico-didácticos, elaboração de instrumentos de avaliação e certificação.

O público-aprendente, de diversas faixas etárias, é o dos sistemas escolares do ensino não superior que vive em países cuja língua oficial não é o português. A sua proficiência em língua é descrita num sistema de cinco níveis (A1, A2, B1, B2 e C1).

Dada a grande diversidade dos contextos e a heterogeneidade do público, privilegiou-se um conceito de currículo aberto, abrangente e flexível, o que implica também compreender a língua no seu continuum, língua materna – língua estrangeira. A flexibilização permitirá não só uma melhor organização e gestão do processo de ensino-aprendizagem, como a readequação de abordagens e estratégias de acordo com os espaços onde se desenvolve a língua portuguesa.

As competências comunicativas em língua portuguesa são desenvolvidas através da realização de tarefas comunicativas e de actividades adequadas ao público-aprendente, designadamente ao seu nível etário e à sua proficiência em língua.
As orientações para os cinco níveis de proficiência, nomeadamente o desenvolvimento de competências associadas a conteúdos gramaticais, realizações linguísticas, textos e aspectos socioculturais bem como as sugestões de actividades e de tarefas, exercícios e recursos para a avaliação fazem também parte do QuaREPE (QuaREPE - Tarefas, Actividades, Exercícios e Recursos para a Avaliação).
Ver o texto todo aqui.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Moderna Gramática Portuguesa

www.LivrosGratis.net :Moderna Gramática Portuguesa - Evanildo Bechara

Nome: Moderna Gramática Portuguesa - Evanildo Bechara

Nome Original:

Autor: Evanildo Bechara

Gênero: Linguística

Ano de Lançamento: 2001

Editora: Lucerna

Sinopse: Com a evolução dos estudos lingüísticos e das pesquisas em língua portuguesa, há muito não saía uma gramática completa que pudesse dar conta deste progresso. Esta lacuna é agora preenchida pela edição atualizada e revista da Moderna Gramática Portuguesa do Prof. Evanildo Bechara, eminente estudioso e pesquisador de nosso idioma. Mais que um livro de referência para especialistas, esta obra, revista e ampliada, oferece ao leitor o extraordinário universo que é a língua portuguesa em suas múltiplas manifestações e reúne a maior coletânea de assuntos gramaticais até agora estudados. Como nos afirma o autor: "Dificilmente haverá seção da Moderna Gramática Portuguesa que não tenha passado por uma consciente atualização e enriquecimento: atualização no plano teórico da descrição do idioma, e enriquecimento por trazer à discussão e à orientação normativa a maior soma possível de fatos gramaticais levantados pelos melhores estudiosos da língua portuguesa, dentro e fora do país".



Ver gramática aqui.

Professor José Carlos Paes de Almeida Filho



O Professor José Carlos Paes de Almeida Filho é Doutor em Lingüística pela Georgetown University, GU, Estados Unidos, sendo bolsista da Fullbright (1980-1984). É Mestre em Educação em Língua Estrangeira pela Universidade de Manchester, Inglaterra sendo bolsista pela FAPESP e Conselho Britânico (1974-1977).

Atualmente é Professor de Lingüística Aplicada/Teoria de Ensino de Línguas/Português Língua Estrangeira e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília - LET/IL - UnB.


Texto daqui.


Lâminas

Esta sessão tem como destaque as lâminas e apresentações produzidas para consultas e leitura utilizadas em aulas e palestras.



1- O Grande Processo de Ensino - Aprendizagem em línguas.



2- Formar Professores de Linguas - Apresentação.



3- Recomendações para melhor aprender Línguas.



4- Árvore das Ciências.



5- Gráfico de Bolo das Atividades.



6- Caos e Sensibilidade no Ensino de Línguas.



7- Communication, systematization, routinization.



8- Competência Comunicacional.



9- Crit. Análise Atividades.



10- Families of methods.



11- Teoria formal e teoria informal no ensino de línguas.



12- Problemas Potenciais no Ensino-Aprendizagem de PLE



13 - Tipos de professores de línguas

“Transformar” Macau em centro de formação de professores chineses de português


Imagem daqui.

O Instituto Politécnico de Macau quer “transformar” a cidade num centro de formação de professores chineses de português, disse à agência Lusa o professor Choi Wai Hao, diretor da escola de línguas e tradução da instituição.

04-05-2011

Macau, China, 04 mai (Lusa) – “Na China há mais de 20 universidades onde se dão aulas de português como curso de licenciatura e os professores chineses de português são muito jovens, faltam-lhes métodos pedagógicos, métodos didáticos e nesse aspeto vimos que há espaço de operação para fazermos alguma coisa como Macau que é sempre uma ponte de ligação entre Portugal e a China”, afirmou Choi Wai Hao.

O mesmo responsável explicou à Lusa que, para traçar o caminho do novo objetivo, o Instituto Politécnico de Macau convidou a professora Maria José Grosso, da faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, uma “especialista na formação de língua portuguesa e de formação de professores de português”, explicou.

“Queremos que nos ajude a fazer um balanço, apresentar sugestões e propostas de como poderemos converter o nosso curso de português ou converter, em termos genéricos, o Instituto Politécnico ou até mesmo a Região Administrativa Especial de Macau, num centro de formação de professores chineses de língua portuguesa”, sublinhou Choi Wai Hao.

O diretor da escola superior de línguas e tradução acrescentou ainda acreditar que os programas de formação para professores chineses de língua portuguesa “vão reforçar ainda mais o ensino da língua portuguesa na China”.
JCS.

Texto retirado do Observatório da Língua Portuguesa aqui.